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Os tempos estão a mudar. As revoluções da Tunísia e do Egipto, as convulsões na Grécia, na Islândia, em Inglaterra, no Médio Oriente, no Norte de África e mesmo em Portugal, na sequência do 12 de Março, provam que há muita gente que já não vai na cantiga dos sacrossantos mercados, dos banqueiros e dos políticos ao seu serviço. Parece que se perdeu o medo de sair à rua. E nem tudo se explica pelas condições económicas. Há um novo homem que se levanta, que reclama a vida, que não aceita mais ser escravo de coisa nenhuma. Ainda está confuso esse homem, ainda não se libertou totalmente das leis do mercado e da mercearia. Mas, sobretudo a juventude, tem protagonizado uma luta não dirigida, sem chefes nem partidos, uma luta que lembra o Maio de 68 e o grito de Jim Morrison há 40 anos atrás: "We want the world and we want it NOW!" É desses passos em direcção à liberdade dados por gente de vários locais do mundo que tentaremos dar notícia, de forma a que não nos sintamos a caminhar sozinhos e também para que busquemos inspiração nas ideias uns dos outros.

Monday, May 9, 2011

Tunísia: protestos e distúrbios regressam à capital

Os protestos regressaram à capital tunisina pelo quarto dia consecutivo. A polícia voltou a dispersar a multidão com gás lacrimogéneo.

Os manifestantes concentraram-se na avenida Bourguiba, no centro da cidade, para reclamar a demissão do governo provisório, defendendo que as promessas da revolução não estão a ser cumpridas.

Sábado, as autoridades decretaram o recolher obrigatório das 21h às cinco da manhã, justificando a medida com a necessidade de evitar pilhagens e violência.
Os protestos começaram na quinta-feira, após as declarações do ex-ministro do Interior. Farhat Rajhi alertou para a possibilidade de um golpe militar se os islamitas ganharem as eleições de Julho.

O movimento islamita Ennahda, proibido no antigo regime, goza de grande popularidade. Alguns analistas questionam-se sobre a existência de “forças ocultas” que tentem desestabilizar a região para adiar as eleições. Há ainda quem aponte a coincidência da data dos distúrbios com a primeira condenação de um dos familiares do presidente deposto Ben Ali.

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