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Os tempos estão a mudar. As revoluções da Tunísia e do Egipto, as convulsões na Grécia, na Islândia, em Inglaterra, no Médio Oriente, no Norte de África e mesmo em Portugal, na sequência do 12 de Março, provam que há muita gente que já não vai na cantiga dos sacrossantos mercados, dos banqueiros e dos políticos ao seu serviço. Parece que se perdeu o medo de sair à rua. E nem tudo se explica pelas condições económicas. Há um novo homem que se levanta, que reclama a vida, que não aceita mais ser escravo de coisa nenhuma. Ainda está confuso esse homem, ainda não se libertou totalmente das leis do mercado e da mercearia. Mas, sobretudo a juventude, tem protagonizado uma luta não dirigida, sem chefes nem partidos, uma luta que lembra o Maio de 68 e o grito de Jim Morrison há 40 anos atrás: "We want the world and we want it NOW!" É desses passos em direcção à liberdade dados por gente de vários locais do mundo que tentaremos dar notícia, de forma a que não nos sintamos a caminhar sozinhos e também para que busquemos inspiração nas ideias uns dos outros.

Monday, May 9, 2011

Eric Toussant: 'Uma rebelião na Europa é possível'

Para o jornalista, economista e historiador Eric Toussaint, "se os povos do Norte de África se opuseram aos seus governos absolutistas, porque não oporem-se aos governos como os que na Europa não respeitam a vontade popular?" Entrevista realizada por David Murator.

Em Rosário a convite de diferentes organizações sociais (entras as quais, a secção de Rosario da Central dos Trabalhadores Argentinos – CTA), Eric Toussaint falou sobre a questão da economia mundial e a da América do Sul. E afirmou que "uma rebelião popular em certos países europeus é possível".
Antecipou ainda o aumento das taxas de juro no [hemisfério] Norte, susceptíveis de causar graves problemas às economias dependentes. Assim, recomendou à América do Sul "fazer uma auditoria a esta ilegitimidade, não pagá-la e investir em formas de financiamento internas como o Banco do Sul".

Economista e historiador, em 1972, o seu primeiro trabalho, durante 10 meses, foi ser jornalista desportivo, onde comentava os jogos de futebol para um jornal belga, embora fosse jogador e detestasse todo o negócio em volta desse desporto.

A entrevista pode ser lida aqui

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