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Os tempos estão a mudar. As revoluções da Tunísia e do Egipto, as convulsões na Grécia, na Islândia, em Inglaterra, no Médio Oriente, no Norte de África e mesmo em Portugal, na sequência do 12 de Março, provam que há muita gente que já não vai na cantiga dos sacrossantos mercados, dos banqueiros e dos políticos ao seu serviço. Parece que se perdeu o medo de sair à rua. E nem tudo se explica pelas condições económicas. Há um novo homem que se levanta, que reclama a vida, que não aceita mais ser escravo de coisa nenhuma. Ainda está confuso esse homem, ainda não se libertou totalmente das leis do mercado e da mercearia. Mas, sobretudo a juventude, tem protagonizado uma luta não dirigida, sem chefes nem partidos, uma luta que lembra o Maio de 68 e o grito de Jim Morrison há 40 anos atrás: "We want the world and we want it NOW!" É desses passos em direcção à liberdade dados por gente de vários locais do mundo que tentaremos dar notícia, de forma a que não nos sintamos a caminhar sozinhos e também para que busquemos inspiração nas ideias uns dos outros.

Friday, April 29, 2011

Islândia: exemplo de resistência

O capitalismo viking e a corrupção levaram a Islândia à bancarrota na crise económica em 2008. O governo conservador que nacionalizou os bancos e negociou o regaste financeiro com o FMI acabou por cair com a pressão do povo na rua. Alguns banqueiros foram presos. O novo governo social-democrata tenta em vão aprovar o pagamento de 5 mil milhões de euros de dívida externa da banca com um acordo rejeitado já duas vezes pela população islandesa.

Um dossier do esquerda.net, Claudi Pérez relata a ascensão e queda da economia islandesa em A Islândia põe os seus banqueiros na prisão e entrevista o Presidente da Islândia. A Islândia é exemplo de resistência mas outros casos podem ser evocados, como o Winsconsin - José A. Pérez diz-nos que Outra rebelião é possível.

Jean Tosti escreve sobre como a Islândia reinventa a democracia e analisa a odiosa chantagem que os islandeses têm enfrentado desde que se recusaram a pagar as dívidas dos bancos.
O Nobel da Economia Paul Krugman analisa a resposta da Islândia à crise em As terras do gelo e da ira e Islândia-Irlanda, novamente. Por fim, lembrar que a população voltou a dizer "não" ao pagamento da dívida da banca.

Dossier organizado por Luís Leiria e Sofia Roque.

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